sexta-feira, março 3

Homofobias! (updated!)

(Em discussão na secção de comentários... deixe a sua opinião também)

Está muito em voga novamente o tema da homosexualidade, devido a duas mulheres que se pretendem "casar" cá em Portugal, e levaram o caso para os tribunais!

Reparem bem na palavra - CASAR - CASAMENTO!

Este é um dos pontos problemáticos.

Na língua portuguesa, o termo CASAR refere-se a quer ao "casamento" religioso, quer ao "casamento" civil, contratual, ao qual os intervenientes adquirem direitos e obrigações.

Assim, cada vez que se fala em "casamento" entre homosexuais, o português típico imagina logo dois "homens" a beijarem-se na Igreja. Sim... "homens"... porque uma boa parte do português gosta até bastante de ver "duas mulheres", fazendo até parte das suas mais loucas fantasias íntimas.

Mas se eles não se casam, não têm direito a nada um ao outro. As chamadas uniões de facto, não establecem qualquer relação no que se refere à sucessão de bens, "direitos" no caso de separação ou mesmo subsídios/pensões. Daí, com todo o direito, estes querem assumir a sua relação perante a sociedade, establecendo um contrato que lhes dê também todos os direitos e regalias convencionadas para um casal heterosexual.

Estou convencido que se o termo religioso e o termo civil do acto de casar fossem diferentes, não haveria uma boa parte das especulações que se fazem por aí.
Quanto aos mais Religiosos, não se preocupem que eles não querem casar pela Igreja. A Igreja já demonstrou claramente, que afinal, não somos todos iguais, que não temos todos os mesmos direitos, que Deus não olha para todos da mesma maneira, tendo descriminado toda a classe homosexual - a não ser que a pessoa homosexual já não o seja há mais de 4 anos.

Aliás, a Igreja prefere um heterosexual, que tenha várias famílias, que engane a sua esposa, que recorra à prostituição, que bata violentamente na sua esposa, que se embebede diariamente, que gaste o dinheiro da família toda na bola ou em apostas, a um homosexual. Todos os pecados anteriores têm solução e absolvição mesmo que praticados recorrentemente. Já o homosexual, enquanto não o deixar de ser, está colocado de fora do "círculo da amizade"!

E logo associado a este tema, vem a questão da adopção.
Aí ainda pior! Este é um assunto que rapidamente se pode até tornar "violento" pelos mais homofóbicos da nossa sociedade.

Mais uma vez, na minha opinião, a questão é sobre a possibilidade de 2 homens homosexuais adoptarem uma criânça. A questão de duas mulheres homosexuais adoptarem uma criânça não é grave.

Mas se formos a ver bem... Legalmente ou não, isto já acontece frequentemente!
As duas mulheres que pretendem se casar cá em Portugal, uma delas é mãe! Então temos uma situação de duas mulheres lésbicas, que estão a educar uma criança! E agora? Vão lhe retirar o poder de maternidade só porque é lésbica?

O mesmo acontece em muitas situações com homens... por falecimento ou separação, o homem ter ficado com posse do(s) filho(s) e podia até já ser homosexual antes disso... e agora?

Mas mais importante do que especular!!!! Vamos a factos!!!!

Têm noção do estado em que as crianças (em vias de poderem ser adoptadas) vivem?
Que futuro lhes aguarda na instituição? Educação? Brinquedos & PlayStations? Relacionamento livre? Viagens? Ou será que no fundo vivem numa espécie de prisão?
E quando atingem a maioridade e já não podem lá ficar?
Bem sei que algo se "tenta" fazer para ajudar... mas realmente consegue-se?

E se, em vez desta vida numa instituição, numa espera interminável, estas crianças fossem viver com "dois homens" que lhes irão dar tudo o que poderem, que os irão tratar como se fossem realmente seus filhos, que lhes irão dar todo o amor, educação, convívio livre com outras crianças não aprisionadas...

Está provado também, que lá por uma criança ser criada por homosexuais, não significa que o venha a ser também!
A homosexualidade, advem de condições internas do nosso organismo!
Uma criança masculina, que cresça, e cujos impulsos sexuais estejam "apontados" para o corpo feminino, não vai haver ninguém que altere isso!
Porque aqui também é esse o problema sério!
As pessoas têm medo que rapazinhos educados por homosexuais venhas a ser homosexuais também.

Se falarmos de raparigas que virem lésbicas............. essas são sempre até benvindas!

É indiscutivel que a situação ideal para uma criança será sempre ter um pai e uma mãe, de preferência os pais biológicos. Mas este mundo ideal, infelizmente não existe e temos de nos adaptar às realidades.
As realidades são bastante mais crueis do que esse mundo idealizado perfeito, e assim vamos evoluindo e nos adaptando, como em tudo na vida.

No entanto, os mesmos princípios mantêm-se para todos os casais que querem adoptar crianças.

As instituições devem sempre proceder a uma avaliação, que vai desde os factores financeiros, familiares e mesmo uma "avaliação psicológica" aos possiveis pais, tal como acontece nos dias de hoje, a casais heterosexuais.

Aos mais cépticos, só acrescento... sou Heterosexual, mas não sou homofóbico.


A homofobia é o novo tipo de Racismo que tem de ser combatido!


Update:

...in Portugal Diário, entrevista a Padre Católico:
-"Padre considera que aborto é pior que pedofilia"
-"a homossexualidade é uma doença, uma neurose, que pode ser tratada com terapia"
-"os homossexuais vivem menos tempo e são mais propensos à pedofilia." (sexólogos discordam totalmente).
-"promover a utilização do preservativo é de uma enorme irresponsabilidade"
-"(o estado)... ao defender que as aulas de educação sexual vão perverter os alunos"
Podem ler a entrevista completa aqui.

Mais uma vez a Igreja, no seu pior.

8 Comments:

At 03 março, 2006 11:07, Blogger CARMO said...

Aqui está um excelente post, muito bem escrito no seu tom comico-acutilante...
Concordo inteiramente com o que dizes face aos homossexuais homens vs. mulheres homossexuais... e até revejo em mim uma ponta desse preconceito.
O mesmo acontece com a adopção de crianças por casais homossexuais... bem vistas as coisas, acabo por concordar contigo... não me parece propriamente bem, mas sem dúvida é um mal menor... mal maior é não terem qualquer espécie de família.
Não me parece que uma criança adoptada por um casal de homossexuais tenha necessáriamente tendências homossexuais... os homossexuais são muito mais liberais quanto ás opções sexuais do que a família tradicional.
Adorei a abordagem à perspectiva da igreja: fantástica!
Parabéns! Há muito tempo que não lia um post tão bom.

 
At 03 março, 2006 14:23, Blogger Diolindinha said...

Ó vizinho, meta-se no combóio e venha até cá tomar um cafezinho!

 
At 03 março, 2006 19:44, Blogger cris said...

Bom post, blogmaster. És cá dos meus: straight, not narrow! ;)

 
At 04 março, 2006 21:08, Anonymous Anónimo said...

Não a quero ofender de forma alguma, mas lamentoque possa pensar que uma criança possa ser adoptada por 2 homens ou 2 mulheres. Isso é inconcebivel,veja a confusão que se cria na cabeça deste ser? É absurdo. E não venha por favor comparar com crianças institucionalizadas. Não é termo de comparação . Se num é mau noutro não é melhor. Imagine-se a ser educada, criada por 2 ser do mesmo sexo. O homem e a mulher tem caracteristicas diferentes. Por isso são diferentes mas complementam-se .Esta crianças onde vão buscar as referencias . Quem copiam ,ou imitam .

 
At 06 março, 2006 10:21, Blogger CARMO said...

Cara amiga, se olha para uma criança como um ser desprovido de inteligência para perceber que existem 2 sexos distintos, apesar de em casa ter duas pessoas do mesmo sexo, nem sei como lhe fazer entender a situação que aqui se discute... especialmente quando uma das questões mais graves é mesmo o abandono de crianças em instituições que nada têm para lhes oferecer...
Mas para começar, identifique-se... talvez torne mais fáceis as coisas... Estamos num país livre em que todos temos direito a opinião. Não tem nada a temer...

 
At 06 março, 2006 10:42, Blogger Filipe Carmo said...

Uma coisa é certa.
Numa a instituição, as hipoteses de saída de criânças sem futuro, revoltadas, infelizmente é uma constante.
Se já quando criados, pelos seus próprios pais, os perigos de droga, violência, desemprego, são uma constante... quando numa vida sem afecto, torna-se ainda mais complicado gerir.

Disse:
"lamento que possa pensar que uma criança possa ser adoptada por 2 homens ou 2 mulheres. Isso é inconcebivel,veja a confusão que se cria na cabeça deste ser?"
Respondo:
A confusão só se for na sua cabeça e de mais alguns que infelizemnte ainda existem na nossa sociedade.
Mas com esses não somos forçados a conviver! Mais... pergunto-lhe... e se fosse um casal de pretos? As tantas também lhe mete muita confusão não é?

Disse:
"E não venha por favor comparar com crianças institucionalizadas. Não é termo de comparação . Se num é mau noutro não é melhor. Imagine-se a ser educada, criada por 2 ser do mesmo sexo."
Respondo:
Venho sim comparar, porque esse é o destino das mesmas se não forem adoptadas.
Eu pessoalmente preferias estar adoptado por um casal homosexual, a não ter qualquer afecto ou futuro à minha frente.

Disse:
"O homem e a mulher tem caracteristicas diferentes. Por isso são diferentes mas complementam-se .Esta crianças onde vão buscar as referencias . Quem copiam ,ou imitam ."
Respondo:
Exacto, vão buscar referências a toda a sociedade com quem convivem e ao que vêm.
Mas, as tendências sexuais, são inerentes ao organismo das pessoas. Isto, não ligue ao que eu digo, mas pegue em qualquer estudo psico-sociológico e ouça o que os especialistas têm a dizer, segundo os estudos de crianças que foram educadas por homosexuais.
Criam referências sim, sob comportamentos, modos de estar na vida, o que é justo ou não, honestidade, civismo, racismo... e nem todos estes comportamentos são assimilados do que provem dos pais (adoptivos ou não).
Por exemplo, eu fui educado para ser uma pessoa religiosa, e hoje em dia considero-me agnóstico ou mesmo ateu.

 
At 11 agosto, 2006 04:14, Anonymous Anónimo said...

Keep up the good work. thnx!
»

 
At 16 agosto, 2006 12:13, Anonymous Anónimo said...

Your are Nice. And so is your site! Maybe you need some more pictures. Will return in the near future.
»

 

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