quarta-feira, janeiro 18

Caça à Multa!

(Em discussão na secção de comentários)



Há algum tempo atrás coloquei um texto aqui sobre a caça à multa!

Parece-me que nos dias que correm esta está mais activa que nunca.

Continua-se a vender a ideia que andar às escondidas e perseguir os infractores é a melhor forma de colocar disciplina aos condutores portugueses.

Uma ideia errada dita muitas vezes às vezes pega... enfim...

Infelizmente, o verdadeiro objectivo continua a ser o encher os cofres do estado.
Esta caça à multa gera muito... mas mesmo muito dinheiro!

Ninguém está preocupado em resolver os problemas de quem viaja regularmente, ou de aumentar o nível de segurança nas estradas, ou sequer acreditam que a grande parte dos automobilistas autuados estão de facto a colocar alguém em perigo.

Assim, as polícias portuguesas, continuam a jogar às "escondidinhas"...
... em carros sempre com elevada potência de origem...
... em carros modificados...
... em zonas traiçoeiras...
... em situações duvidosas...

Num estado "falido", o continuar-se a proporcionar todos estes meios aos agentes... é porque de facto isto gera muito... mas muito dinheiro!

A questão continua a ser pertinente...
Velocidade excessiva ou "a cima do limite de velocidade"?

Em 1970 já o limite de velocidade era de 120 km/h.

Ninguém acredita que uma Renault 4L da altura é mais segura a circular a 120 Km/h do que qualquer veículo dos dias de hoje!

Este falso moralismo que a polícia executa no seu dia a dia é cruel!

Os próprios agentes não acreditam no que fazem, pessoalmente ou em outros serviços não cumprem este limite (muitas vezes vemos carros patrulha em deslocação com outros fins, sem cumprirem o limite de velocidade também), os políticos e viaturas do corpo diplomático também não cumprem este limite... mas mesmo assim nada muda...

E o que mudou foi para pior...

Vemos agora muitos mais carros à paisana... temos uma carrinha A3 na fotografia, mas mesmo dentro da cidade do Porto, tenho visto muitos outros.
Ainda há pouco vi um Seat Ibiza parado junto ao Centro Comercial Parque Nascente no Porto com um agente autuando outro condutor.
Toyotas, Subarus e Nissans eram já usuais também.

Os radares fixos andam em força também.
Já agora alerto os condutores para quando se deslocarem em vias rápidas e auto-estradas com secções em obras, para respeitarem de facto os limites, pois algum radar lá vai estar!

Aconteceu-me na A1. A IC24, onde temos duas faixas de rodagem perfeitamente normais, o limite foi reduzido para 60 Kms/h (perfeitamente irreal) e continuamente com radares muito bem escondidos.

A A3 e A4 e IC1 são alvo também preferenciais dos agentes. Locais "onde o peixe vende bem".

O típico português, já não basta as questões relativas à crise que todos nós sentimos, cada vez que pega no carro, vive amedrontado sob a possibilidade de ser autuado.

Lembrem-se que quase para todos nós, o carro é um meio essencial para o nosso trabalho, ou simplesmente para nos deslocar-mos até ele... assim, sem este, não podemos trabalhar.

Mais... a colocação de radares escondidos vistos à última da hora, e o mesmo acontecendo com os carros patrulha não identificados, tem levado a muitos condutores procederem a travagens brutais repentinamente, colocando todos em perigo! Mas isto parece não preocupar as autoridades.

É o pais que temos... enquanto não houver uma associação de condutores fortemente apoiada para contestar este tipo de medidas, não podemos fazer nada.

Presumo que estas medidas sejam em sequência de ordens do governo, de algum político moralista, que não enfrenta o trânsito, que viaja frequentemente de avião, que não percebe nada sobre segurança rodoviária nem tão pouco está disposto a ouvir os especialistas na matéria.

Como conclusão...
Podem até impor o limite de velocidade para 50Kms/h... mas continuará a haver mortos nas estradas!

Existem formas mais eficazes e sérias de resolver os problemas... porque até agora, o único problema que tende a ser resolvido, é a falta de dinheiro nos cofres do estado, à custa dos nossos bolsos, mais uma vez! Digamos que é uma nova forma de imposto que temos que pagar!

5 Comments:

At 19 janeiro, 2006 08:51, Blogger CARMO said...

Pessoalmente isto revolta-me, tal como a hipocrisia em geral. Mais, não admito pagar impostos para que haja prevenção rodoviária e esta não exista. Pior ainda, esse dinheiro é usado para comprar equipamentos cuja única utilidade é gerar receita para o estado de forma muito pouco digna, para qualquer governo (para este nem se fala, já que foram capazes de esquecer as promessas eleitorais e prosseguir com a política do governo anterior). Quando o governo perde a vergonha... o povo perde o respeito!

 
At 19 janeiro, 2006 15:02, Blogger Filipe Carmo said...

Ok, eu também concordo contigo em certas coisas.
A polícia continua a fechar os olhos a muita coisa... como os maus estacionamentos em dias de futebol...

A falta de civismo dos portugueses também é constante... mas em larga escala também é derivada a uma má formação dos mesmos. Não têm noção dos perigos que correm, não têm noção o quanto conduzem mal em dias de chuva, não fazem ideia o que são distâncias de segurança...

Mas tudo isto referido diz respeito a outro tema que já havia postado anteriormente...
Concordo com o que dizes, mas este post queria apenas atingir uma parte mais restrita da actuação policial, que, a meu ver, está totalmente errada.
Temos todos esses problemas.

Mas o do limite de velocidade, especialmente nas autoestradas e vias rápidas, que são as situações que me refiro, não se resolvem desta forma.
Há outros países na Europa que atuam da mesma forma... mas não deviamos seguir os maus exemplos.

 
At 24 janeiro, 2006 14:05, Blogger CARMO said...

Eu continuo a criticar a actuação da polícia, cujos agentes por vezes se envergonham do que estão a fazer... Se eu for a 180kms/h numa AE sozinho, com boa visibilidade e piso seco, sou multado e não há tolerências... se for a 130kms/h numa AE congestionada e cheia de carros, num dia a chover e com fraca visibilidade, mesmo que ultrapasse descaradamente o carro da BT com radar, que circula mais lentamente, não me multam. Qual é a situação em que há perigo implícito? Qual é a situação em que a BT actua? Em ambas estou a transgredir, mas a 1.ª é mais rentável para o estado...

 
At 11 agosto, 2006 11:05, Anonymous Anónimo said...

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