segunda-feira, outubro 31

Classes Protegidas!













Em alturas de sacrifícios para todos os Portugueses, a classe política deve ser estrangeira!

Isto porque a revisão do regime de privilégios de autarcas e deputados foi alargada até 2009. Nessa altura, ou as coisas já estão melhorezinhas no nosso dito país, ou reavalia-se este regime, provavelmente, com novo alargamento.

Assim, mais uma vez, sofrem os mesmos de sempre!

Ninguém coloca em dúvida que existem classes protegidas e classes com privilégios acima da média, que deverão a ser reajustadas.
Assim o governos procedeu a essa normalização... mas só para algumas dessas classes!

A classe dos professores, tem vindo a ser julgada publicamente e divulgada a ideia de que não fazem nada!
Assim, impediu-se os professores de leccionarem no ensino público e privado simultaneamente, obrigando-os a permanecerem maior número de horas dentro do estabelecimento de ensino!
Alguns problemas surgem então...

As escolas não têm espaço físico para manter tantos professores em condições apropriadas. Os professores, nas horas tediosas que são obrigados lá a permanecer sem estarem a leccionar, além de não terem qualquer função específica a desempenharem, não têm condições de exercer as actividades que usualmente desempenham nas suas residências. Os sistemas informáticos das escolas são usualmente deficientes, os acessos à Internet lentos, a falta do silêncio necessário para que se possam concentrar nas suas actividades.

Depois, o número de horas que o professor terá de se manter no estabelecimento de ensino, varia de escola para escola, provocando situações de extrema desigualdade.
Já não bastava o facto destes terem de suportar os custos de deslocação e muitas vezes de habitação (sem qualquer reembolso), agora estão ainda sujeitos a ficar várias horas na escola sem qualquer função específica para desempenharem e sem poderem desempenhar as funções a que estavam habituados a fazer em suas casas, por falta de condições de trabalho.

Prevê-se assim, mais uma vez, a rápida desmotivação desta classe, a diminuição da produtividade do seu trabalho, o aumento de faltas ao serviço...

Ao mesmo tempo impede-se ao professor de leccionar em estabelecimentos públicos e privados simultaneamente!

Mas Porquê?

Ou talvez deveríamos por assim a questão... ao proibir os professores de o fazer, porque não se proibiu também...

Os Políticos? Os Médicos?
Aliás, costuma-se comparar a classe médica à dos professores com alguma fundamentação!

Tanto os Sistema de Saúde como o Sistema de Ensino são absolutamente críticos em qualquer sociedade. Porquê tão distinto tratamento?
Os médicos não são obrigados a deslocarem-se pelo país para trabalhar... aliás, para isso contratam-se os médicos Espanhóis.
Os médicos trabalham livremente entre os hospitais públicos e o regime privado.

Alguém lhes disse alguma coisa?

Além disso os médicos ainda vendem indirectamente medicamentos, o que em muitos casos se tem vindo a descobrir que isto lhes dá algum extra aos seus orçamentos.
Os professores, coitados... os livros são escolhidos centralmente pela escola, e mais não fosse, não me parece que as editoras teriam condições para dar algum extra a cada professor que escolhesse o seu livro.

É certo que a escassez de médicos em determinadas áreas os favorece.
É mais fácil arranjarem emprego na sua área de residência e o seu valor comercial é superior.

O porquê de continuar a limitar de tal modo o número de entradas nas faculdades de medicina é que é escandaloso!

Outras classes queixosas de momento, como as das forças armadas, preocupadas com lhes serem retiradas algumas das suas regalias, deveriam preocupar-se mais em serem úteis para a sociedade. O combate a fogos, as operações relativas ao contrabando e trafico de droga, controlo da costa e pesca ilegal, deveriam ser prioritárias para este sector.


A PSP e GNR, já deveria ter feito muitas manifestações, mas era a pedir viaturas, meios informáticos e formação (já que quando existem ninguém os sabe usar). Continuo sem perceber porque é que um polícia jovem tem de estar agarrado a serviço administrativo da Polícia. Para serviços administrativos, poderiam usar civis, ou Polícias com idades mais próximas das reformas. Assim, temos o que chamo "Os Activos inactivos". Virem só agora com manifestações e devido à perda das suas regalias, retira-lhes qualquer credibilidade!


É por estas e por outras que nas próximas eleições eu voto:

Vieira 2006

2 Comments:

At 02 novembro, 2005 09:34, Blogger CARMO said...

Durante muito tempo não se faz nada... quando se faz, é porque é escandalosamente urgente e poe-se a carroça à frente dos bois. Conclusão: o impacto é de tal forma negativo que leva a crer que era melhor não fazer nada.

 
At 02 novembro, 2005 22:20, Anonymous Anónimo said...

precisamente...como diz "o carmo" tanto urge modificar anomalias do passado que se tomam medidas cujo impacto é, necessariamente, negativo.
concordo com algumas medidas do governo no que diz respeito às classes enumeradas, não concordo com a forma "atabalhoada" e "superficial" como se têm lidado com essas mudanças. veja-se, hoje, o facto de se oferecerem mais uns dias de férias a quem tem mais de 60 anos...

 

Enviar um comentário

<< Home