quarta-feira, novembro 30

Tunning...


O conceito inicial do tunning, baseava-se essencialmente nas afinações do automóvel, assim como na alteração de alguns dos componentes do mesmo. Assim, alteravam-se motores, filtros do ar, suspenções e mesmo a electrónica. Lembrem-se ainda que nestes inícios, a bolsa financeira dos mesmos não era grande, daí que se apostava mais em modificar/melhorar componentes, do que comprar 'porcariazinhas'.



Acho que no entanto, isto trazia dois problemas a uma onda de pessoas às quais denomino por "neo-tunnistas".

Em primeiro, na sua maioria, não percebiam nada de mecánica, segurança automóvel etc. Logo não poderiam sozinhos efectuar estas modificações.

Em segundo, quem olhava para os carros, via nada mais que um carro praticamente igual a todos os outros.

Assim, ao longo dos tempos, tem surgido uma variante do "tunning". O "tunning" para quem não percebe nada de nada, para quem quer dar nas vistas e para quem usualmente tem muito mau gosto: O XUNNING.



Como se o aspecto aberracional daquelas viaturas por sí só não chegasse, há que também circular de vidros abertos e com a música bem alta...
Assim, mesmo quem não queira ver aquelas anormalidades, de certeza que as ouve.


Esclarecendo ainda que na sua maioria, a potência desenfriada de Watts provenientes daquelas colunas, não tem nada a haver com qualidade de som.
Este factor foi admitido pela última organização de Tunning Nacional, criando um concurso específico de qualidade de som na viaturas, tal era o desconhecimento de tal factor.


Mas na generalidade, gastam-se exorbitantes quantias de dinheiro, sem qualquer conhecimento de causa sobre segurança, colocam-se luzinhas por cima e em baixo da viatura, brutais saias e outros extras, "fumam-se" os vidros e quanto mais "extrovertido" seja o aspecto da viatura, melhor. Há é que dar nas vistas.


Concordo ainda, que os puristas desta modalidade, não sejam associados ao "Street Racing". Mas há que admitir também, que usualmente estes últimos são praticantes do tunning.
Daí advem o mau nome também da modalidade.

O tunning por sí só é ainda ilegal. Após alteração de uma viatura, esta deveria ser inspeccionada pela DGV (segundo constatei) e só após aprovação a viatura passa a estar legal.


Os "tunnistas" queixam-se que este processo burocrático é muito moroso e defendem a liberalização de tais alterações.

Dizem que as alterações dos seus veículos servem apenas para melhorar a suas segurança...

Ponto de vista muito ingénuo, a meu ver.

Se a liberalização fosse concedida, nada me impederia de, por exemplo, proceder a alterações ao meu veículo, apenas para atingir maiores performances. Podia até diminuir á largura dos pneus do meu veículo para obter melhores consumos e maiores velocidades de ponta ou melhor performance em geral.


Ainda, não se compreende como as autoridades não actuam drasticamente ainda em relação aos escapes de rendimento que na sua maioria estes usam. Os elevados índices de ruído proveniente destas viaturas é perfeitamente irritante, chegando a acordar a meio da noite qualquer zona residencial por onde passem.


Por fim, falo dos "pseudo-tunninstas" que fazem uma ou outra alteração aos carros, como colar uns autocolantes, ou apenas colocar um aileron sem mecher muito na sua bolsa, dando origem a situações de verdadeira comédia nacional!!!

Lindo, eh?
Já encomendei até umas iguais para o meu mano!!!!

2 Comments:

At 30 novembro, 2005 17:33, Blogger CARMO said...

Pois é! Já estou à espera das jantes... De facto, a maioria dos adeptos do tunning não percebe nada do que faz... Discordo quanto ao mau nome destes condutores... se têm má fama, não é dada pelos street racers! Esses ainda dão menos má fama que os outros... os das luzes, dos sub-woofers e dos ailerons! Já agora, uns exemplos: não adianta aumentar o tamanho das rodas, sem alterar os travões e a suspensão (o carro torna-se menos seguro); não adianta colocar admissões directas de ar, ou escapes mais livres, sem adequar a alimentação e ignição (perde potência). Não adianta colocar grandes ailerons (o carro torna-se mais lento, gasta mais e mais sensível aos ventos laterais). Por fim, não confundamos barulho com bom som... nem acústica com potência nominal.

 
At 05 dezembro, 2005 08:53, Blogger CARMO said...

Esqueci-me dizer que a minha colega de sala, aqui no emprego, tem um Clio com umas jantes dessas (com ursinho)!

 

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