sexta-feira, outubro 27

Pela Estrada Fora...


De regresso de Lisboa ao Porto, ao final da tarde, com apenas 3 horas e meia de sono na noite anterior, acabei por parar em Leiria, para descansar um pouco e jantar, apesar de serem ainda 7 da tarde.

Quando regresso à estrada era já noite.


Especialmente quando estou nesta viatura, um Audi A4 emprestado para o efeito, já sei que por maior esforço que faça, conduzindo sem pressas, apenas a uma velocidade que me sinta confortável, o perigo de ser apanhado pela GNR é muito elevado.
Por mais que tente, basta não haver trânsito, piso seco, e quando dou por ela já passei os 150km/h. E acreditem que me esforço por me manter a baixo desta.

Não sou o melhor condutor do mundo. Qualquer condutor minimamente experiente, que circule nesta auto-estrada com alguma regularidade, com um bom carro, tenho a certeza que lhe acontece o mesmo. Não se trata sequer de ser um "acelera" ou de se estar com pressa. Tem a haver sim com o conforto e a segurança que a viatura fornece ao condutor.

Assim sendo, tentando sempre manter uma velocidade moderada, acabei por passar a usar uma coisa a que podemos chamar de GPS (GNR Position Searcher), que cuidadosamente instalo na viatura.

Mas é mesmo sobre esta caça à multa da BT em carros disfarçados que venho hoje falar.

Acredito que a muitos também já aconteceu apanharem alguns sustos por estarem a olhar pelo retrovisor, verificando se o carro que segue atrás não será por acaso uma viatura da BT não identificada. Enquanto se perde tempo a olhar pelo retrovisor, perde-se noção ás vezes do que à nossa frente se passa.

Contam-se já muitas histórias - carros das mais diversas marcas e modelos, com cadeirinhas de bebé instaladas, viaturas modificadas, etc etc etc, à parte ainda dos mails que circulam com localizações de radares fixos.

Assim, conto-vos que vinha na minha condução normal, quando reparei noutra viatura com maior velocidade e coloquei-me atrás de outro, que circulava nos 160kms/h. Ainda por cima, a viatura que seguía atrás de mim, abrandou a velocidade ficando para trás.
O individuo que ia à minha frente imediatamente abrandou para os 140 kms/h.
Eu percebi logo o seu receio.
Segui-o durante algum tempo. Ele voltou a abrandar atrás de um camião, tendo eu passado para a frente e seguindo agora na casa dos 150kms/h.
Aí ele passou a seguir-me.
Tendo eu alinhado na brincadeira, baixei um pouco para os 140 e logo numa recta seguinte este passa para a faixa esquerda e começa a querer ultrapassar-me muito lentamente sem passar os 150.
Quando está perto do meu lado este trava abruptamente e volta a colocar-se atrás de mim.

A razão para isto?
Simples... na escuridão da noite, estando este condutor a tentar analisar se seria eu ou não um agente da BT, deve-se ter deparado com as luzes do meu "GPS" no interior da minha viatura. Nessa altura, pensando que poderia se tratar de um radar da BT, travou e não mais o vi.

Por curiosidade, continuei com a brincadeira.
Mantendo-me na casa dos 150, quando passava um carro mais rápido, eu acelerava e aproximava-me dos mesmos. Na sua grande maioria, as viaturas travavam abruptamente. Reacção essa que eu já contava, mas a qual, em outra situação, poderia facilmente desencadear um acidente.

Apenas 3 viaturas não travaram. Duas eram bons automóveis, e uma, curiosamente foi uma carrinha de caixa fechada que circularia na velocidade máxima que o motor aguentaria, na casa dos 160kms/h. Esta, nitidamente circulava a cima dos seus limites de segurança, notando-se a oscilação da fraca suspensão em qualquer irregularidade do piso e durante as curvas.

Quero eu dizer com esta história duas coisas.

Em primeiro lugar, os condutores, de forma geral vivem já com pesadelos da presença da polícia pelas autoestradas, tomando reacções inesperadas quando suspeitam de uma viatura da BT presente, e conduzem continuamente a olhar pelo retrovisor. Posso-vos dizer, que no meio desta brincadeira, alguns não faziam a trajectória de curvas em condições e outras vezes travavam à última sob outros carros que lhes apareciam à frente. Facto este que me levou a parar imediatamente com a brincadeira.

A segunda, é que cada carro e cada condutor tem o seu nível de segurança.
Quando pego na minha viatura, mais fraquinha que este Audi, obviamente que não consigo, nem tento, circular à mesma velocidade.
Outro condutor com estes mesmo dois carros, poderá também não conduz à mesma velocidade do que eu.
Desafio-vos a fazerem este teste:
Coloquem-se em carros diferentes, tapem o velocímetro e o conta-rotações em cada um deles e circulem numa auto-estrada durante uns 20 minutos à velocidade que se sintam seguros e confortáveis. Aí encontrarão com certeza a velocidade correcta de circulação e às vezes as pessoas ficam muito surpreendidas com os resultados.

terça-feira, outubro 10

Festival GP


Nos dias 13 e 14 de Outubro, a partir das 17 horas, no Terraplano da Matinha (Rua da Cintura do Porto), em Lisboa, vai decorrer a 1ª edição do Festival G.P. – Lisboa 2006.

O recinto, com 22.000m2, será composto por quatro áreas: Pista de Demonstrações, Tenda Concertos, zona de Restauração e Vila das Tendinhas. Nas respectivas áreas poderemos assistir a performances de pilotos profissionais, passagens de modelos e as actuações dos artistas Wonderland, Jorge Palma, No Djs Tour, Sonya Costa, Íris, Quinta do Bill e Queens of Noize (UK), entre outros.

Apelar à celebração do espírito motard será um factor de distinção entre outros eventos do género.

Mais informações em www.festivalgp.com

Classificação: M/16 anos.


Fonte: http://www.ticketline.pt/

Finalmente em Portugal, este importante evento, imperdivel por todos os Motards e apreciadores deste tipo de espectáculo, acompanhado por um excelente cartaz musical.

Um evento "Ex-Sitante"!!!

terça-feira, outubro 3

O Ser Informático II


Com uma carga de trabalho e de stress muito a cima do normal, tem-me sido extremamente difícil ir actualizando este blog.

O stress da profissão bloqueia-nos e distancia-nos por vezes da 'vida real', ficando limitados à realidade dos sistemas, dos bits & bytes, chegando tarde a casa, e sem sequer conseguir ver um noticiário. Quando se chega a casa, o estar com a família é prioridade absoluta.


No entanto, por maior que seja o esforço , acabo por nunca me deixar de sentir como o informático deste texto:


"Um homem está a conduzir o seu carro, quando a certa altura percebe que se perdeu. Dá conta de outro homem que passa por perto, encosta ao passeio e chama-o:
- Desculpe, pode dar-me uma ajuda? Prometi a um amigo encontrar-me com ele às 14h, estou meia hora atrasado e já não sei onde me encontro…
- Claro que o posso ajudar.
Tirando um aparelho do bolso, dize-lhe:
- O senhor encontra-se num automóvel, entre os 38 e os 39 graus de latitude norte e os 9 e 10 graus de longitude oeste, são 14 horas, 23 minutos e 42 segundos, e já agora, hoje é quarta-feira e estão 27 graus centígrados.
- O senhor é informático?
- Exactamente! Como é que sabe?
- Porque tudo o que me disse está correcto do ponto de vista técnico, mas é inútil do ponto de vista prático. De facto, não sei o que fazer com a informação que me deu e continuo aqui perdido.
- Então o senhor deve ser um chefe ou gestor empresarial, certo? – responde o informático
- Na realidade sou mesmo. Mas… como percebeu?
- Muito fácil: não sabe nem onde se encontra, nem para onde ir; fez uma promessa que não faz a menor ideia de como vai cumprir e agora espera que outro qualquer lhe resolva o problema. De facto, encontra-se exactamente na mesma situação em que estava antes de nos encontrarmos, mas agora, por um qualquer estranho motivo… a culpa acaba por ser minha!
"