quinta-feira, junho 29

Grafitis!

São os desenhos, assinaturas, tudo o que vemos pintado nas paredes públicas ou de propriedades privadas.

Associados usualmente à "cultura" do hip-hop, são vulgares já há muitos anos e um problema que afecta em especial as grandes cidades.

Mas afinal que cultura é esta?

Vou ser muito directo relativamente a isto...

Não passa de uma forma de marginalidade!

Na grande maioria dos casos, isto não é arte nem cultura como os seus intervenientes defendem!
São rabiscos, assinaturas, marcas territoriais de autênticos "Gangs", ou simples frases de supostas provas de amor.

Mas quem deu autorização? Quem disse que a população queria aqueles rabiscos na A28, nos edifícios públicos, ou mesmo em propriedade privada, como tantas vezes acontece?

Raras, muito raras, são as vezes que se encontram pinturas interessantes, desenhos feitos com inspiração. Posso andar a ver os locais errados, mas sinceramente, acho que nunca vi algum, excepto na televisão.
E mesmo quando estes grafitis são obras de arte, quem cuida delas? Entre o sol e a chuva, em pouco tempo qualquer desenho pintado numa parede fica sujo, feio, esbatido, transformando qualquer "Picasso" num monte de estrume.
Não é assim que se faz "arte".

Mas como disse, esta "cultura do grafiti" não passa na sua maioria de rabisco, assinaturas, marcas territoriais, desenhos mal feitos e feios, feitos à margem da lei, muitas vezes trazendo o desespero de moradores que pintam e repintam paredes apagando estas coisas que por lá vão sendo feitas.

E quando se fala em criar espaços próprios para serem feitos grafitis, os agentes desta "cultura" respondem "ahhh mas aí não tem tanta piada". Piada tem em andar a fugir das autoridades, fazer rabiscos à margem da lei, dar prejuízos a todos e deteorar o aspecto das cidades.

Lembro também o retorno de um jogo de futebol, Benfica-Porto, não há muito tempo, em que no retorno dos super-dragões de comboio, lembraram-se de pintar o "comboio". Devem ter presumido que se o comboio estava em Lisboa, deveria ser mouro, e não se lembraram que este vinha também para o Porto. Assim, como arruinaram diversas estações de comboio na zona de Lisboa, com pinturas e dizeres diversos.

E quem paga?
Se for propriedade privada a resposta é infelismente simples!
Se for propriedade pública, todos nós pagamos isto.
Paga-se ou de forma emotiva, vendo todos os dias estas parede "sujas", ou financeiramente, quando o alguem se lembra de re-pintar as mesmas. Para esta gente, esta é a melhor solução, visto que uma parede pintadinha de fresco é o local ideal para novos "grafitis".

No meu prédio, recentemente fizeram rabiscos e assinaturas com tinta preta em locais relativamente escondidos, junto à entrada das garagens.

A vontade que tenho, é de apanhar responsáveis e obriga-los a repintar a parede com a língua!!!

segunda-feira, junho 19

O "Ser" Informático!


Pelas ruas e empresas de todo o mundo, existem criaturas usualmente conhecidas por "informáticos", designados cientificamente por "humanus-informáticus".
Mas é em Portugal que esta espécie se torna mais peculiar e estranha, vivendo sempre nas hierarquias mais baixas da vida em sociedade.

Apesar de ser uma espécie relativamente recente, podemos já concluir que o seu nível de reprodução é elevado, visto já estarem infiltrados por todo lado.
Chega-se a duvidar se esta espécie não será resultante de um estranho vírus.
Isto porque, um humano comum que seja hoje engenheiro, desempregado sem formação, gestor, vendedor ou filho do dono da empresa, de repente, no dia seguinte, passa a ser informático. Factor este ainda não totalmente compreendido.

Falam uma estranha linguagem, que apesar de conter vocabulário português e inglês, ninguém, excepto eles próprios, a compreendem.
Mesmo aqui, nem todos os "humanos-informáticus" se compreendem e discutem arduamente sobre o que chamam tecnologias.
Na verdade parecem discutir ideologias diversas. Uns parecem defender ideologias de uma vertente que denominam "Microsoft", outros defendem agressivamente as "Unix" e outros degenerantes desta última defendem ainda as "Linux". No meio disto tudo, entra ainda o que chamam "linguagens de programação", estranhos códigos não compreendidos pelo comum dos humanos, no qual existem vertentes diversas de "C++", "Basic", "Cobol", e muitas outras. Na prática, isto resulta que dois informáticos raramente se compreendam totalmente, e daqui resultem discussões de horas.
O estranho disto, é que ao contrário de todas as outras espécies, estas lutas de grunhidos, de imperceptível compreensão para qualquer outro assistente, não servem para seduzir ou conquistar outro de sexo oposto.

Na verdade, ninguém sabe exactamente o que fazem.
Passam longas horas agarrados a pequenos aparelhos, usualmente denominados por computadores, sem que nada à primeira vista resulte desse dito trabalho. Ainda por cima, obrigam a que todos os humanos, no tal local de trabalho, a utilizar também estes computadores.

Na teoria, dizem estas criaturas, que resolvem todos os problemas resultantes da utilização desta maquinaria.
Mas a verdade, é que salvo raras excepções, esta maquinaria não dá problemas.
Muitos destes humanos têm estes computadores na sua toca (usualmente denominado por apartamento ou casa), e na verdade, não precisam destes "humanos-informáticus" para nada.

Os "humanos-informáticus" dividem-se em algumas sub-espécies principais:


O "informáticus-programaduz" ou programadores:
Cada vez que um "humanus-informáticus" diz que é "informático" (assim designada a profissão de forma abrangente), os "humanus-comuns" confundem-no imediatamente com esta sub-espécie, não sendo necessariamente verdade.
Veremos que existe "informáticus-nao-programaduz" mais à frente.
Esta sub-espécie vive usualmente isolada de todos os humanos. Ninguém o compreende, e a falta de socialização torna-o pertencente também à categoria do "humanus-chatus".
Vive agarrado aos computadores de dia e muitas vezes de noite.
O resultante do seu trabalho é algo usualmente denominado por "software" que raramente agrada a qualquer outro humano.
É criticado pelo "humanos-chefe", pelo "humanos-utilizadorus" e pelos restantes "humanos-informáticus".
Elaboram softwares que dizem tecnicamente ser perfeitos até um "humanos-utilizador" o conseguir destruir.
Contem uma característica comum a todas as sub-espécies: todos os humanos que nem intervêm com este de forma alguma, não gostam dele proferindo frases típicas como "estes tipos têm a mania que eles é que sabem".
O seu trabalho dá alguns frutos apenas quando desempenha as suas funções debaixo da hierarquia de um "humanos-não-informáticus", ao qual demonstra o seu total desagrado.
Como vemos, este vive numa hierarquia social inferior à do "humanus-comuns"


Passamos agora ao "informáticus-não-programaduz".


O "informáticus-formadorus" ou formador de informática:
Esta é sem dúvida uma espécie curiosa na sua relação com os restantes humanos.
Na teoria, este serve para ensinar os restantes humanos a funcionar com os tais computadores, mas na prática não é bem assim.

Em primeiro, este não ensina tudo o que sabe, pois corre o risco que o comum humano se transforme em mais um "humanos-informáticus", colocando em risco a sua sobrevivência.
Depois, um "informáticus-formadorus" se tem elevados conhecimentos para ensinar, os restantes humanos comuns não o compreendem. Acusam-no frequentemente de ser demasiado técnico, ou demasiado teórico, não tendo contribuído em nada para o seu processo de aprendizagem.
Assim, têm vindo a ser substituídos por um degenerante desta espécie para ensinar os restantes humanos: O "informáticus-formadorus-ignorantis-baratus".
Este, com um discurso fluente, falando uma linguagem entendida por todos, engana o "humanus-comuns", fingindo que por cada pequena coisa que ensina resulta um grande passo evolutivo de aprendizagem nas suas vidas.
Após muitas horas de estudo, concluímos que o "humanos-comum" gosta é de ser enganado, ou pelo menos que seja este o processo mais fácil para o manter satisfeito.
Como é claro, mais uma vez, obtemos esta espécie a viver numa hierarquia social inferior, cuja sua luta pela sobrevivência consiste na luta difícil de agradar os seus superiores "humanus-comuns", seja de que forma for.



Outra sub-espécie curiosa é o "informáticus-prestadus-serviçus", ou prestadores de serviços informáticos:

Aqui para explicar o seu funcionamento, teremos de os dividir em dois grupos: os "tecnicus" e os "comercialus", que estão sempre associados sob forma de "empresas".
Estes dois grupos vivem num constante dilema entre o "fácil" e o "difícil".
O "comercialus" interage com os restantes humanos ao início de um serviço prestado e depois deixa-o ao abandono com o "tecnicus". O "comercialus" é usualmente uma espécie muito próxima do "humanus-comuns", com poucos conhecimentos técnicos, o que lhe permite uma comunicação fácil com este último.
O "comercialus" vive também para agradar o "comum-humanus". Se por uma lado vende a ideia que o serviços a ser prestado é difícil e obviamente caro, não pode passar a ideia de incompetência ou desconhecimento. Refere a facilidade do "tecnicus" que com ele trabalha em efectuar o mais difícil dos trabalhos, de formar extremamente rápida, até fechar o que chamam de negócio.
Desta iteração resulta numa angariação monetária para o "comercialus", que dali foge para iniciar outros negócios com outro "humanus-comuns".
Nesta fase entra ao serviço o "tecnicus". Este, um "humanus-informáticos" propriamente dito, podendo ser também, por vezes, um "informáticus-programaduz".
Usualmente surpreendido pelo curto tempo que terá disponível para executar o seu dever, prometido pelo anterior.
Esta é a fase em que o "humanus-comuns" começa a ficar enfurecido. Muitas são as discussões e autênticas batalhas que se seguem após entrada em acção do "tecnicus".
Mais uma vez, a difícil comunicação com este último não facilita o processo, e mais uma vez obtemos o "humanus-comuns" não satisfeito com as criaturas desta espécie.
Tivemos a sorte de encontrar algumas relações de sucesso destes com "humanus-comuns", mas são contudo extremamente raras e resultam usualmente em futuras angariações/extorsões monetárias pela parte do "comercialus".


Para concluir o estudo de algumas das principais sub-espécies deste, falaremos agora do "informáticus-administradorus-sistemus", ou administrador de sistemas:

Apesar de esta espécie parecer estar hierarquicamente numa posição média da organização, no fundo este tem que agradar a todos, e no cumprimento das suas funções verificamos que recebe ordens de todos, sendo colocado, na prática, no final da hierarquia. Apesar de ter poder de decisão, este só o pode usar se nenhum "humanus-comuns" ficar chateado.

Esta é sem dúvida uma espécie, que apesar de ocupar um cargo específico dentro da organização, o seu perfil varia muito.

Assim neste lugar encontramos muito o "informáticus-incompetentis-ignorantis-baratus" muito semelhante ao "informáticus-formadorus-ignorantis-baratus" que falamos anteriormente, mas sem a capacidade de comunicação avançada.
Esta vertente não foi cuidadosamente estudada por nós, visto não ter conhecimento técnico, qualquer tipo de capacidade específica ou qualquer outro tipo de interesse. Apenas de salientar que estes têm sempre associado um pequeno factor que não conseguimos ainda compreender o que é exactamente, mas que os mantêm sempre numa mesma posição hierárquica dentro da organização. Denominamos este factor por "C" (Factor C) para ser estudado em breve.

Encontramos nesta posição hierárquica também o "informáticus-directoris-empregadus".
Este, usualmente com conhecimentos técnicos, faz de tudo um pouco.
Centra a sua actividade nos "sistemus-centrales" que ninguém usa e diz estar sempre ocupado estes. Como é obvio, o "humanus-comuns" inteligentemente já não acredita, pois ninguém sequer toca nestes.
Desta forma, a relação com os seus superiores hierárquicos na organização não é fácil, visto ninguém saber ao certo o que faz, e porque passa tantas horas dentro da organização, apesar da insistência deste a justificar-se com os "sistemus-centrales". A diferente linguagem que usa para se expressar, não ajuda na comunicação com todos os elementos da organização a que pertence.
Este é caracterizado também por não comunicar nada ou por só ser portador de más notícias. Cada vez que comunica de modo compreensível, é porque há problemas com os tais equipamentos da organização ou necessita de novos, ou mesmo porque precisa que os "humanus-utilizadorus" parem de exercer as suas funções por momentos.
Estes só trazem boas notícias após uma das situações anteriores, quando comunicam com grande ênfase e satisfação "Já está resolvido!". No entanto, esta situação é comentada pelos restantes de forma desprezível com comentários equivalentes a "Já não era sem tempo, ó anormal!". Estes comentários de resposta surgem por vezes apenas em pensamento, mas outras vezes em voz alta.
Como nestas organizações, onde existe qualquer equipamentos deste género ninguém mexe, isto significa também que todos os "humanus-comuns" contam com o "informáticus-directoris-empregadus" para proceder a qualquer tipo de tarefas que lhes digam respeito. Ou seja:
- a limpeza dos equipamentos, assim como do chão e das mesas ou cinzeiros perto destes equipamentos, frequentemente ou imediatamente quando um "humanus-utilizadorus" acidentalmente espirra
- colocar sinais com dizeres "não dê de beber ou comer aos equipamentos",
- verificar se a cadeira e a mesa estão ergonomicamente preparadas para o respectivo, tendo em atenção factores como se a cadeira não aquecerá demasiadamente o seu traseiro do mesmo após várias horas sentado
- ensina-lo a ler as mensagens que o equipamento inesperadamente fornece (p.e. "tem certeza que quer sair sem gravar o documento?"),
- dar formação, mesmo que esta seja totalmente ignorada pelo "humanus-utilizadorus", e mesmo que no dia seguinte este venha pedir help-desk do que deveria ter apreendido no dia anterior
- organizar documentos e e-mails que foram impressos, em pastas adequadas na estante

Desde que possível evita chamar os "informáticus-prestadus-serviçus". Tenta efectuar tarefas dentro dos recursos que tem, e eventualmente poderá exercer as funções de "informáticus-programaduz".
Quando não é possível chama os "informáticus-prestadus-serviçus" obtendo comentários dos seus superiores hierárquicos equivalentes a "Mas afinal para que é que preciso daquela besta?".
Por vezes, os "informáticus-prestadus-serviçus" dispõem de um factor equivalente ao Factor C, anteriormente referido, com algum superior hierárquico. Especialmente nestas situações, a relação entre o informáticus-prestadus-serviçus" e o "informáticus-directoris-empregadus" torna-se numa batalha de palavras, com consequências graves para ambos os lados, mas da qual a vitória só surgirá quando um destes intervenientes for afastado da organização ou totalmente dominado pelo outro. Curiosamente nesta relação entre "humanus-comuns" e "humanus-informáticus", os primeiros tendem a dar mais importância a um "humanus-informáticus" que não pertença à organização, do que ao que está no interior da mesma. Facto este considerado por nós de incompreensível e a ser criteriosamente estudado num futuro próximo.

Chegado ao final deste relatório da fase actual do estudo do "Ser" Informático, podemos concluir apenas que esta espécie apesar de estar em fase acelerada de reprodução, será num futuro breve aniquilada pelos "humanos-comuns", visto não trazerem qualquer tipo de proveito à sociedade. As suas opiniões são ignoradas e sem importância enquanto no fundo só pretenderem apenas extorquir meios monetários dos restantes e de eles próprios. Visto não serem unidos e, por vezes, nem entre eles se compreenderem, será fácil a sua aniquilação, à qual aconselhamos que deve ser acelerada e quanto mais breve melhor.
Suspenderemos assim os nossos estudos até vossa decisão...

quarta-feira, junho 14

Mona Lisa - Uma semana em...

Mona Lisa:

Uma Semana em Africa:



Uma Semana nos EUA:



Uma Semana em Portugal:

Por agora foi o que se conseguiu arranjar...
Durante estas duas semanas, tenho estado quase continuamente a dar formação.

Assim, o blog tem estado algo parado, mas regressará à normalidade durante a semana que vem.

Assim como, aos meus amigos bloggers, a quem costumo visitar e comentar os seus artigos, retomarei a esse "trabalho árduo" simultaneamente.

Um abraço a todos!

sexta-feira, junho 2

Desemprego, made in Portugal!


O patriota

"Depois de dormir numa almofada de algodão (made in Egipt), Manuel, português, desempregado, começa o dia bem cedo, acordado pelo despertador (made in Japan) às 7 da manhã.
Toma banho com sabonete (made in France), enquanto aguarda que o café (importado da Colômbia) aqueça na máquina (made in Chech Republic), barbeia-se com a máquina eléctrica (made in China).
Veste uma camisa (made in Sri Lanka), jeans de marca (made in Singapure) e um relógio de bolso (made in Switzerland). Prepara as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (made in Germany), toma o café numa chávena (made in Spain), antes de pegar na máquina de calcular (made in Korea) para ver quanto é que pode gastar nesse dia.
Depois de ver as mensagens no computador (made in Thailand) e ouvir as notícias pela rádio (made in India), ainda bebeu um copo de sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro (made in Sweden) e continuou à procura de emprego.
Ao fim de mais um dia frustrante , com muitas chamadas do seu telemóvel (made in Finland) e após comer uma pizza (made in Italy) decidiu relaxar por uns instantes.
Calçou as sandálias (made in Brazil), sentou-se no sofá (made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (made in Indonésia)e pôs-se a pensar porque é que, afinal, não conseguia encontrar um emprego em Portugal..."

...in Vida Económica.

quinta-feira, junho 1

Ainda sobre os docentes...(cont. do post anterior)

Recebi este documento, por e-mail ,da autora do blog "Welcome2Marte", que não poderia deixar de publicar.
Trata-se de uma entrevista efectuada a Júlia Azevedo do SIPE:

"O novo estatuto da carreira docente, que o Governo pretende aplicar em Outubro, é rotulado de "salazarista" pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE). Além disso, a data em que surgiu a proposta é considerada totalmente "inoportuna" e até "premeditada", tendo em conta as férias grandes que se aproximam.

"É um espírito castrador que subjaz a este estatuto salazarista. Aliás, têm sido tomadas atitudes constantes de punição e ameaça contra os professores", refere Júlia Azevedo, presidente do SIPE, estrutura com 4500 associados. A participação dos pais dos alunos na classificação dos professores é considerada com "um factor de constrangimento" pelo SIPE.

Quanto à divisão da carreira em dois patamares, o SIPE critica o facto de grande parte da carreira ser passada no patamar mais baixo ("professor"), uma vez que para se chegar a "professor titular" é necessário ter 18 anos de profissão com a classificação de bom. "Este é o requisito mínimo (classificação de 'bom'), mas o professor também vai precisar 97% do serviço lectivo cumprido, o que não é nada fácil se tivermos em conta que a maioria dos profissionais são mulheres (partos, acompanhamento na doença dos filhos, entre outros aspectos) e que uma simples gripe pode pôr em causa a evolução na carreira", refere Júlia Azevedo.

Outro aspecto criticado pelo SIPE tem a ver com a aparente desvalorização de toda formação inicial (licenciatura) e estágio de um ano que o candidato a professor tem de fazer. Depois, ingressa na carreira como contratado, estatuto que pode prolongar-se por uma década. "Quando consegue lugar no quadro, vai novamente ser avaliado, entrando no tal período probatório. Se não se tiver avaliação de 'bom', é-se exonerado", diz Júlia Azevedo.

O SIPE ainda tem esperança que o Governo altere o projecto de estatuto. "Vamos apresentar contra-propostas e tentar constituir uma frente de trabalho com todos os sindicatos"
."